História
Um caminho percorrido com muita luta e garra!
A Beija-Flor de Nilópolis nasceu nas comemorações do Natal de 1948. Um grupo formado por Milton de Oliveira (Negão da Cuíca), Edson Vieira Rodrigues (Edinho do Ferro Velho), Helles Ferreira da Silva, Mário Silva, Walter da Silva, Hamilton Floriano e José Fernandes da Silva, resolveu formar um bloco que, depois de várias discussões, por sugestão de D. Eulália de Oliveira, mãe de Milton, recebeu o nome de Beija-Flor (inspirado no Rancho Beija-Flor, que existia em Marquês de Valença). Dona Eulália foi admitida como fundadora.
Em 1953, o Bloco Associação Carnavalesca Beija-Flor, vitorioso no bairro, foi inscrito por Silvestre David do Santos (Cabana) integrante da ala dos compositores, como escola de samba, na Confederação das Escolas de Samba, para o desfile oficial de 1954, no 2º grupo.
No seu primeiro desfile, em 1954, foi campeã passando para o Grupo I, no qual permaneceu até 1963. Depois de um período de altos e baixos, em 1974, retornou para o Grupo I, resultado do bom trabalho desenvolvido por Nelson Abraão David. Em 1977, Aniz Abraão David assume a Presidência e projeta a Escola de Samba de Nilópolis como uma das mais famosas do mundo.
Comunidade
O município de Nilópolis, na Baixada Fluminense, é o berço da Beija-Flor. A cidade e a escola de samba trilharam caminhos semelhantes, uma vez que parte dos governantes de Nilópolis também administrava a agremiação.
Apesar do forte comércio e da presença de indústrias, é a escola de samba a maior expressão do município. Juridicamente "GRES Beija-Flor", a escola passou a ser chamada formalmente de "Beija-Flor de Nilópolis", tamanha identificação. Na cidade, também é comum locais de comércio que levam o nome da escola, sem ligação com a agremiação, apenas em forma de homenagem. No pórtico de entrada da cidade, foi construída uma escultura de um beija-flor, em homenagem à escola. A escultura foi retirada pelo prefeito Alessandro Calazans em seu mandato. Porém, seu sucessor, Farid Abrahão David, ao ser eleito em 2016, anunciou a reconstrução da escultura.
Comunidade impõe respeito, bate no peito, eu sou Beija-Flor!
Família
Beija-flor: uma grande família!
Sétimo filho de uma família de dez irmãos, muito cedo, Anízio conheceu o lado difícil da vida. Ainda menino, vendia laranjas em campos de futebol, bala na porta dos cinemas e engraxava sapatos para ajudar no orçamento da casa. Aos 10 anos, a exemplo dos irmãos mais velhos, passou ajudar o pai a transportar o material comprado no Centro do Rio de Janeiro para ser revendido no armarinho da família em Nilópolis. “Durante muito tempo, peguei o trem na Central do Brasil carregando enormes rolos de lã na cabeça”.
Sendo um apaixonado por samba, Anízio cresceu torcendo pela Estação Primeira de Mangueira, onde fez grandes amigos, nessa época a Beija-Flor não passava de uma escola pequena sem expressão.
Hoje, Anízio transformou a Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis em uma grande Família. Portador de um carisma peculiar, e capacidade de reconhecer talentos e ajudar a todos, pode-se dizer que Anízio é o grande criador da Família Beija-Flor.